recanto literário

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

SONETO DAS CORDILHEIRAS

Voa condor nas cordilheiras 
Pássaro alado de minha ilusão
Traz consigo todo o encanto, magia
Gigante dos ares, de toda imensidão.

Voa condor com tuas dores
Com teu sincero silêncio céu a fora
Plana dissabores, desventuras, desamores
Pássaro magistral de colossal proeza.

Encanta-me divina ave com tuas esculpidas asas
Navega profundamente na abóboda de minha retina
Traz-me o sopro supremo do crepúsculo.

Desvenda o horizonte infinito e imponente
Voa incauto sobre o cume elevado
Trazendo-me o sonho, ainda inacabado.

SONETO ENIGMÁTICO

Quem sabe assim, diga-me 
Qual teu grito abismal, sepulcral
Aquele brado tão enigmático, revés animal
Um eco secular, tão lacônico, indigente.

Quem sabe assim, saberei
Qual teu mal entorpecido de angústia
Eterno gemido contido em gozo excepcional
Avareza sanguinolenta, tão torpe, flamante.


Saber beber de tuas entranhas
Alavancar todo esse breu, só teu
Tão sorrateiro, delirante, relapso.


Sentir tua carne fervendo
O veneno lancinante em tuas veias
Tua cisma letal de matar-me de amar.

domingo, 18 de dezembro de 2011

ESBOÇO DE UM SONETO INACABADO

Bebo sedento teu lábio faminto
Todo ópio que teu corpo contém
E o dia fatigado suspira latejante
Qual eco contido que faz-me refém.

Teu íntimo acende-me a vulcânica labareda
Suavemente adormecida por tua ausência
Teus seios fartos multiplicam minha sede
De doar-me a ti intermitentemente.

Contemplo ardorosamente tua vicissitude
Sobre o profundo azul do infinito
És minha única fuga do abstrato.

O manto incólume e indizível
Toda inexatidão ainda tolhida
Meu grito louco,pleno de imortal insanidade.